Fonte: fériasbrasil
Jericoacoara está entre as dez praias mais bonitas do planeta e, apesar de sua fama correr o mundo, o ritmo de vida na antiga vila de pescadores continua o mesmo, assim como as ruas de areia e sem iluminação pública. E como o destino paradisíaco, a apenas 300 quilômetros de Fortaleza, se mantém intocado?
Graças a dois fatores: o primeiro é o acesso precário - só se chega à Jeri em veículos com tração nas quatro rodas, depois de muito sacolejo (nos últimos anos, porém, a quantidade de motos na vila, além dos carros de passeio que enfrentam as estradas de areia para circular pelas praias, mudou o cenário. É preciso ficar atento ao circular a pé). Em 2017, porém, a região ganhou um aeroporto. Mas os preços ainda salgados das passagens contribuem para manter o estilo roots da vila. No mesmo ano, foi introduzida a cobrança de Taxa de Turismo.
O segundo é a transformação da região em Área de Proteção Ambiental, o que aconteceu em 1984, e posteriormente em Parque Nacional, em 2002, preservando da especulação imobiliária uma área de cerca de 200 quilômetros quadrados repleta de dunas douradas, mangues e lagoas de águas transparentes.
A lagoa de águas transparentes e areia fininha fica a meia hora de bugue de Jeri. A dica é curtir, primeiro, o lado rústico, na área conhecida como Lagoa Azul, que oferece passeios de jangada. Na hora do almoço, siga para a Lagoa do Paraíso - desfrute da culinária e finalize com um cochilo nas redes ou nas espreguiçadeiras dos restaurantes. O roteiro pode incluir ainda as dunas da Barrinha e as praias do Riacho Doce e do Preá.
Por todo o espelho d´água, os bons ventos da região - considerada uma das melhores do país para a prática de esportes náuticos - conduzem jangadas e pranchas de kitesurf, que dividem o espaço em perfeita harmonia. Aproveite o passeio de bugue ou de jardineira pra chegar até lá.
O final de tarde é clássico em Jeri, levando turistas e nativos ao alto da duna do Pôr do Sol, no canto esquerdo da praia de Jericoacoara. Às cinco horas o movimento é intenso, já que por volta das cinco e meia o sol mergulha no mar. Ao longo do espetáculo, a duna, de 30 metros, muda gradativamente de cores, indo do amarelo ao cor-de-rosa. Para descer, experimente praticar o sandboard - surf na areia - em pequenas pranchas de madeira.
A animada noite de Jeri começa na rua Principal, pertinho da praia, onde barracas de caipirinha abastecem nativos e turistas. De lá, a turma segue para os forrós, sambinhas ou bares com música ao vivo, que costumam terminar por volta das duas da manhã. Entre as opções, Forró da Dona Amélia, que acontece as quartas e sábados; e o Maloka (Rua da Igreja), às quintas.
Para beber, petiscar e ouvir um som, as dicas são Samba Rock e ZChopp, perto das barracas de caipirinha; e o Tortuga, na Rua São Francisco. No fim da noite, todos os caminhos levam à padaria Santo Antônio - a partir das duas da matina tem pão francês, de queijo, de coco e de banana saindo quentinho do forno!
Quando ir?
O "verão" vai de julho a fevereiro, quando o sol brilha forte. Para velejar, vá de agosto a novembro, quando os ventos sopram bastante. Nessa época, as lagoas estão cheias e mais bonitas. O período de chuvas vai de março a maio, quando os preços de diárias e serviços caem. Entre meados de junho e meados de agosto, o pôr do sol se encaixa perfeitamente na Pedra Furada.
Informações úteis
DDD 88
Informações Turísticas
Rua Principal, s/n
ICMBio: Rua Praia da Malhada, s/n - Tel: 3669-2140
ATENÇÃO
A vila não possui agências bancárias e nem caixas eletrônicos. Leve dinheiro, pois nem todos os estabelecimentos ou serviços aceitam cartões. No último caso, é possível passar o cartão no mercado e resgatar o valor em espécie pagando taxa de 10% a 20% sobre o valor
Leve apenas chinelos. As ruas da vila são de areia fofa
Desde de 21/09/17 é cobrada a Taxa de Turismo Sustentável, de R$ 5 por dia de permanência em Jeri. Para fazer o pagamento, é preciso gerar o boleto e o voucher de hospedagem no site da Prefeitura de Jijoca. É preciso apresentar o boleto pago e o voucher no check-in da pousada.
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